Que Prêmio!!!
Em qualquer realidade conhecida, de qualquer regime conhecido, de qualquer empresa conhecida, independentemente de capitalismo ou socialismo, uma premissa para que o funcionário se mantenha no emprego é a competência, além do esforço e a vontade de sempre fazer melhor.
Numa empresa, principalmente no Brasil, onde o funcionário não seja capaz de desenvolver seu trabalho de forma adequada, não atendendo aos requisitos de qualidade e não mostrando resultados satisfatórios e em cargos de chefia, esse funcionário é sumariamente despedido, restando a ele procurar outro emprego.
No entanto, com o ex-ministro da educação aconteceu diferente.
É tido como o pior ministro que já assumiu essa pasta em toda história da República. Não desenvolveu nenhum trabalho voltado para a Educação, não apresentou nenhum projeto de inclusão social, ao contrário, em seu último ato revogou as cotas para negros, indígena e deficientes para os cursos de pós-graduação, não discutiu em sua essência a educação além de atacar outros poderes constituídos, atacou instituições e não fez nada além de uma política de ódio e preconceito frente ao ministério.
Foi exonerado em razão de fragilizar ainda mais a já então fragilizada relação entre os poderes Executivo e Judiciário. Ficou insustentável a sua manutenção frente ao ministério e assim, como todo funcionário incompetente, foi dispensado.
Naturalmente, o seu destino seria a fila para conseguir um novo emprego, em outra empresa, mas como estamos num Brasil estranhamente conduzido e com relações muito estranhas entre o presidente e seus asseclas, ele foi indicado para uma vaga de conselheiro no Banco Mundial, com um salário três vezes maior que o do próprio presidente.
É possível entender?
Que relação é essa? Que poder é esse? Por que tanta proteção?
Eu entendo que todo trabalhador tem que ser valorizado pelo seu trabalho, entendo também que os trabalhadores é que fazem o país caminhar, não são os empresários, eles têm o capital, mas esse só cresce se houver consumo. A cadeia produtiva depende de todos, de uns mais, de outros menos, mas todos têm que ser competentes. Não há prêmio quando um empresário administra mal a sua empresa, não há prêmio quando o trabalhador é dispensado por incompetência ou por razões econômicas.
Um ministro dispensado por colocar em risco a segurança institucional, por incompetência e por políticas de ódio não poderia nunca ser indicado para um cargo internacional, para o Banco Mundial, até porque qual seria o seu papel nesse banco que foi criado para desenvolver políticas públicas buscando a inclusão social.
É um reacionário, preconceituoso e que não entende as necessidades sociais num banco de desenvolvimento de políticas sociais. É um desvio de função.
Espero sinceramente que os outros países que têm que aprovar o nome indicado, sejam melhor informados quanto ao pior ministro que o Brasil já teve e façam uma avaliação criteriosa a esse respeito. O Banco Mundial não merece, como o Ministério da Educação também não merecia.
Que prêmio por ser ruim!!!